Publicado em 31 de março de 2021

Lançado em março, documento foi elaborado sob demanda do projeto Combustíveis Alternativos sem Impactos Climáticos (ProQR)

Diante das metas para redução das emissões no Brasil, uma das possíveis soluções para a descarbonização do setor aéreo é o uso de Eletrocombustíveis Renováveis (ECR), também conhecido como Power-to-Liquid Sustainable Aviation Fuels (PtL SAF). O estudo Avaliação Ambiental Preliminar para o Licenciamento de Plantas de Produção de Eletrocombustível Renovável de Aviação Próximas a Aeroportos Remotos no Brasil, traz mais informações sobre o uso da tecnologia no país de uma perspectiva legal.

Segundo resoluções da Agência Nacional do Petróleo (ANP), os Eletrocombustíveis Renováveis podem ser usados em uma proporção de até 50% em aeronaves, e a legislação brasileira já conta com diversas outras normas e resoluções voltadas para a proteção do meio ambiente. Entretanto, há ainda a necessidade de uma instrução oficial que regularize o licenciamento ambiental das plantas de ECR. O novo estudo busca estabelecer diretrizes estratégicas para auxiliar o progresso de procedimentos de licenciamento ambiental.

Impactos positivos

Por ter como principal fonte de matéria-prima gás carbônico e água, por meio de processo químico já bastante conhecido (Fischer-Tropsch), os ECR no transporte aéreo podem promover redução significativa de emissões. Além disso, o consumo de água do processo é bem menor do que em outros processos industriais de produção de combustíveis de aviação.

As plantas de produção de ECR, por serem modulares e supridas exclusivamente de energia renovável, podem ser instaladas bem próximas aos aeródromos mesmo em áreas remotas do território nacional, o que reduz também as emissões ligadas ao transporte do combustível até o local. Do ponto de vista ambiental, fica evidente que a instalação de plantas de ECR é vantajosa, segura e pode garantir que as metas para a redução das emissões do Brasil sejam atingidas. Para mais informações, confira o estudo.

Este estudo foi elaborado no âmbito do Projeto Combustíveis Alternativos sem Impactos Climáticos (ProQR), realizado por meio da Cooperação Técnica Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. Este projeto é parte da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI), apoiada pelo Ministério do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear (BMU), com base em decisão do Parlamento alemão.

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